sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Copa 2014 x Olimpiadas 2016

Passada a euforia pela brilhante conquista da sede dos Jogos Olímpicos de 2016 há que se enfrentar a realidade das eventuais contraposições entre a Copa 2014 e Olimpiadas 2016.Por enquanto tudo parece somar, mas na prática haverá disputas pelas mesmas coisas, principalmente recursos financeiros.A organização dos eventos tem grandes diferenças. A Copa será realizada em 10 ou 12 cidades, mas com uma única modalidade esportiva -futebol.Embora seja estabelecida um Comitê Organizador Local, comandado pela CBF, a FIFA centraliza o poder de decisão, principalmente quanto aos projetos dos estádios.A tabela dos jogos só será definida em 2013 após definidos os classificados. Só ai se saberá quantos jogos cada cidade irá receber. A definição dos locais da abertura e do encerramento serão conhecidos antes.O encerramento será no Rio de Janeiro, no Maracanã. Agora fortalecido pela escolha do Rio de Janeiro para as Olimpiadas de 2016, a final só não será no Maracanã, por um abalo sísmico ou impasses institucionais que impeçam a sua conclusão.Já a abertura ainda é incerta. São Paulo, com o Morumbi disputa a primazia, mas tem e terá grandes dificuldades para atender às exigências da FIFA para tal. Por falta de área contígua ao estádio para os “penduricalhos” requeridos pela FIFA para atender à mídia e seus patrocinadores.Como o problema não é apenas o estádio, é completa ilusão de que a cidade poderá construir um estádio alternativo ao Morumbi, para abrigar o jogo de abertura.Mesmo em São Paulo, qualquer novo estádio privado, para ser economicamente viável, terá que ter uma capacidade inferior a 40.000 lugares, insuficiente para atender à FIFA.Os governos estadual e municipal não se dispõem a construir um novo estádio público, a menos de uma reforma e ampliação do Pacaembu. Mesmo assim, questionado.Diante dos impasses, o mais provável é a abertura da Copa 2014 ser realizada em Brasília.Essa definição já está atrasada. A CBF joga o problema para a FIFA e essa adia a decisão.O processo está atrasado, mas poucos estão preocupados com esse atraso, achando que há tempo para tudo.
Já em relação às Olimpiadas de 2016, ainda que dois anos após a Copa, há a sensação de que é preciso planejar desde já, e que o tempo é curto para tudo o que precisa ser feito.O Comitê Olímpico Brasleiro assume o comando do processo, mas precisa do apoio financeiro do Governo Federal e da participação intensa dos Governos do Estado do Rio de Janeiro e do Governo Municipal.
Os investimentos nos equipamentos esportivos terão o apoio financeiro do Governo Federal. Foi um dos compromissos assumidos pelo Brasil.Diversamente dos equipamentos para a Copa que terão uma forte participação privada e recursos dos Governos Estadual e Municipal.O apoio federal se limitará (pelo menos até agora) aos financiamentos pelo BNDES.
Com as Olimpiadas o objetivo esportivo é tornar-se uma “potência esportiva”, frustrado nas Olimpiadas de Beijing. Na sequência, a menos de Cielo e do volei, os resultados tem sido decepcionantes.
Haverá um grande estímulo aos jovens esportistas brasileiros para brilharem nas Olimpiadas do Rio. Estar nas Olimpiadas, vencer uma prova é a maior aspiração de qualquer esportista, menos do futebol.
O futebol é um caso a parte dos esportes brasileiros. Não é preciso a Copa do Mundo ser realizado no Brasil para incentivar os jovens a desenvolver habilidades futebolísticas.
O sonho é jogar no exterior com contratos milionários. Se com isso for convocado e escalado para a Seleção Brasileira, melhor ainda. Mas é apenas a cereja do bolo.
Já em relação à infraestrutura haverá certamente conflitos. Para a Copa 2014 o Governo Federal está prometendo o PAC da Copa, que até agora não saiu.
As cidades mandaram os seus pleitos, mas o Ministério das Cidades ainda não conseguiu fechar o pacote
Agora além do PAC da Copa, o Governo Federal terá que fazer o PAC das Olimpiadas 2016. Com grande destinação de recursos para o Rio de Janeiro. E, evidente, instatisfação dos demais.
Cada qual achará que poderia ter conseguido mais e só não conseguiu por conta da transferência de recursos para o PAC das Olimpiadas.
Apesar do Lula ter dado a impressão de que não faltam recursos e que o Brasil está nadando em dinheiro não é essa a realidade.
Um bom planejamento se faz necessário para aproveitar melhor a oportunidade.
*As opiniões do blog são de inteira responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do Portal 2014.






Cristina Alonso

RH 04

Um comentário:

  1. A tomada de decisão é que respalda a construção do futuro segundo uma visão daquilo que se espera obter; ela não é possível sem uma análise racional e objetiva do quadro a que se referir, dos seus problemas e das alternativas de ação sobre os mesmos.Sem essa análise, corre-se o risco de agir por agir, de praticar ações de alcance limitado e até mesmo de promover ações cujos resultados sejam adversos ao esperado.Ao mesmo tempo é válido dizer que a tomada de decisão está calçada, sobremodo, na competência de quem planeja.

    Fonte:Apostila (Tomada de decisão)
    Aluna:Elisangela F Silva - R00011

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