quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Copa do Mundo muda rotina de empresas no Brasil




Copa do Mundo não é feriado. Ainda assim, os jogos do Brasil no campeonato vão mudar a rotina das empresas e serviços no país. Muitas companhias se organizaram para que os funcionários possam assistir às partidas, sem prejuízo à atividade.

"As empresas não têm fundamento legal para que o empregado exija o feriado, mas é o costume. É como o Carnaval. Nós temos que levar em conta que o futebol faz parte da cultura do país", explica Nelson Manrich, sócio do escritório de advocacia Felsberg e Associados e presidente da Academia Nacional do Direito do Trabalho.

Pensando nisso, a fabricante de revestimentos Solarium decidir fazer uma votação entre seus funcionários, para decidir o que seria feito nos horários dos jogos. Os escritórios e fábricas em São Paulo, Recife e Rio de Janeiro optaram por assistir às partidas no local de trabalho.

"Compramos um televisor de tela plana para os jogos, e faremos um lanche, com cachorro quente, pipoca, para os funcionários", diz. Na fábrica de Brasília, os trabalhadores optaram por manter o funcionamento normal.

Os funcionários vão compensar as horas de trabalho perdidas com a Copa, para que também não haja prejuízo à produção.

No escritório de advocacia Inoue Advogados, o proprietário Alex Inoue optou por outra estratégia. "Vamos tentar adequar o funcionamento do escritório ao do Tribunal de Justiça, que vai operar com horário reduzido nos dias de jogos", afirma.

O Brasil tem três jogos agendados para a primeira fase do Mundial, no dia 15 (terça-feira) às 15h30, contra a Coreia do Norte, no dia 20 (domingo) às 15h30, contra a Costa do Marfim, e no dia 25 (sexta-feira), quando enfrenta Portugal às 11h.

Assim, no dia em que o jogo for à tarde, os funcionários serão dispensados mais cedo. Na partida de manhã, eles poderão chegar mais tarde ao escritório. "Não pretendemos fazer uma compensação de horas, mas contamos com todos para cumprir os prazos", diz Inoue.

Comércio e bancos

O assessor jurídico do Sindilojas-SP (Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo), Luiz Francisco Toledo Leite, afirma que cada estabelecimento vai definir suas regras, mas que o comércio de São Paulo estará aberto durante os jogos.

"O comércio vai funcionar normalmente, mas com adaptações", como redução no número de funcionários, diz, ressaltando que o movimento deve diminuir bastante no horário dos jogos.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou que os bancos terão expediente reduzido nos dias de jogos --das 8h às 14h no dia 15 e de 8h30 às 10h30 e das 14h às 16h no dia 25.

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