terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tecnologia pode ser o grande gargalo de 2014


Tecnologia pode ser o grande gargalo de 2014
Evento exige infraestrutura complexa de telecomunicações

Renovar TI e Telecom é desafio até 2014 (crédito: José Vidal)
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Marcos de Sousa
postado em 22/07/2009 16:29 h
atualizado em 22/07/2009 17:43 h
Considerado o maior evento midiático do planeta, a Copa do Mundo exige uma complexa infraestrutura de telecomunicações capaz de atender as equipes de mídia e também os turistas. Apesar disso, os setores de TI e Telecom continuam fora dos planos da maior parte das cidades-sede de 2014. "Sem TI e telecomunicações não haverá Copa", afirma Fábio Ferragi, da Telium Networks. "Em 2014, provavelmente veremos o evento mais marcado pela convergência digital. Hoje, apenas discutimos a importância que as tecnologias digitais têm no dia-a-dia da mídia. Na Copa, isto estará na nossa frente", avalia o especialista. A Telium é a empresa parceira de hospedagem do portal www.copa2014.org.br.

O Ministério das Comunicações informa já ter uma avaliação em andamento numa comissão especial, vinculada ao Ministério dos Esportes. Mas ainda não existe cronograma montado, nem previsão de finalização deste primeiro parecer. Somente a partir do resultado do trabalho inicial será elaborado todo o plano para o evento. Para os especialistas, a discussão já está atrasada e as constantes panes no sistema de telefonia e internet no país são sinais dessa defasagem. Um exemplo: na cidade de São Paulo são previstos investimentos de R$ 32 bilhões para renovar várias áreas da infraestrutura, de turismo à energia, que seriam feitas até 2020, mas que em virtude da Copa serão adiantadas. Contudo, não há nada definido em termos de TI e Telecom.

Castelão digitalizado
Cidades menos dotadas de redes de comunicações já começaram a se mexer, bem mais que as capitais do Sudeste do Brasil. O estádio Castelão, de Fortaleza, será circundado com um anel de fibra ótica e abrigará um moderno data-center, adequado para o tráfego de imagens de alta definição (HDTV) a velocidades que variam de 1Gb a 10Gb. O projeto do estádio servirá de base para que a cidade entre definitivamente na economia digital, com a expansão da rede de ótica para toda a região metropolitana da capital cearense.

As cidades brasileiras que não modernizarem suas infraestruturas de TI e Telecom correm o risco de ter a imagem desgastada frente à bilhões de pessoas. As cidades da Copa da África do Sul preveem receber em média 3 milhões de turistas e centenas de equipes de jornalistas. Todos portando gadgets modernos e com capacidade imensa de produzir imagens e vídeos digitais que serão enviados para todos os lugares do mundo por redes de telefonia fixa, celular e outras formas de transmissão.

Em entrevista ao portal IT Web, o presidente da Brasscom - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, Antonio Gil, defende que as discussões sobre as tecnologias para a Copa de 2014 gerem planos de longo prazo para o País. "O Brasil só será a quinta maior economia do mundo em dez anos, como diz o presidente Lula, se investir a partir de agora", ressalta Gil. E o maior evento do futebol mundial pode ajudar nisto, acelerando projetos e trazendo capital. Mas a entidade também não iniciou qualquer ação específica ou aproximação com o poder público para participar das decisões sobre onde e como investir na infraestrutura de TI e telecom para a Copa.

"Levamos constantemente nossos planos gerais sobre o País para ministros e o presidente, mas nada houve sobre a Copa de 2014", aponta Gil. No entanto, ele diz que a Brasscom deve se dedicar mais a esse assunto ainda em 2009. Até porque, com a liberdade de escolha que as sedes podem ter sobre fornecedores, o evento é uma grande oportunidade de o setor se mostrar para o mundo. E o primeiro grande desafio a enfrentar é evitar a firula que governantes fazem com investimentos desse tipo. "Muitos políticos não gostam de falar sobre investimentos em tecnologia, porque eles não aparecem para o eleitor, diferentemente da construção de um estádio e esta visão sobre TI e telecomunicações precisa mudar O Brasil tem de provar que pode suportar uma Copa do Mundo antes do pontapé inicial do jogo de abertura, completa Gil.


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