domingo, 9 de outubro de 2011

Olimpíadas vão puxar investimentos em TI

A escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 deve puxar fortemente os investimentos públicos e privados em telecomunicações.

Ao lado de gastos em transportes (ampliação do metrô e trens urbanos) e construção civil (obras em estádios, ginásios e construção de novos hotéis), o setor telecom é o que mais recebe atenção no programa de candidatura apresentado pelo Rio ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

Entre os compromissos que a cidade assumiu para sediar a competição estão a construção de uma rede pública Wi-Fi que cubra toda a área urbana da capital fluminense – como aconteceu em Pequim em 2008 - e a ampliação da infraestrutura de telefonia fixa e móvel da cidade.

Segundo Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, os investimentos públicos devem puxar o crescimento da indústria de telecomunicações no Rio de Janeiro, mas o executivo vê também gastos pesados de agentes privados.

"Se você pensar no projeto da rede Wi-Fi, isto certamente é uma iniciativa que terá patrocínio do poder público, que deverá arcar com a compra dos equipamentos e manutenção da rede. Mas um evento como as Olimpíadas atrai também o interesse das companhias privadas, que devem ampliar a capacidade de suas redes móveis, backbone para conexão internacional e infraestrutura de telefonia fixa", diz Tude.

Em eventos deste tipo, empresas de telecomunicações ampliam a venda de seus serviços para além do mercado interno, atendendo também companhias de mídia estrangeira que vão cobrir os jogos, turistas estrangeiros e as delegações de altetas.

"A principal dificuldade de planejar investimentos nesse setor é a velocidade de mudança nos padrões tecnológicos. As redes 3G que conhecemos hoje, por exemplo, não deverão existir em 2016. Um cenário provável é que as teles precisem construir redes no padrão LTE (também conhecido por 4G), que têm muito mais capacidade de tráfego de dados e são, provavelmente, o padrão que predominará à época dos jogos", analisa o executivo.

Outra preocupação que os projetos de TI para os Jogos do Rio devem ter é como racionalizar os investimentos para que eles sejam adequados para a demanda no mês das Olimpíadas e viáveis para exploração comercial após o fim dos jogos.

"Quando as novas redes estiverem prontas e em funcionamento elas deverão prever uma capacidade adicional para operar exclusivamente nos jogos. Afinal, após o evento, as redes devem ter uma queda no fluxo de dados e os investidores terão um mercado menor para explorar o retorno de seu investimento", diz Tude.

Dois anos antes das Olimpíadas, a cidade do Rio sediará um dos grupos da Copa do Mundo de 2014 e será quase certamente o palco da final da competição.

"A Copa será uma boa prova para as redes de telecomunicações do Rio", acredita o presidente da Teleco.

Felipe Zmoginski, de INFO Online
http://info.abril.com.br/noticias/mercado/olimpiadas-vao-puxar-investimentos-em-ti-02102009-36.shl?2


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